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Inconsciente: uma peça fundamental para o autoconhecimento

  • Foto do escritor: Psicóloga Beatriz Job
    Psicóloga Beatriz Job
  • 11 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de fev.


É provável que grande parte das pessoas desconheçam sobre o mundo que existe por trás do Inconsciente. Um fato causado pela crença de ser um tema complexo de entender! Mas como tudo na vida, aquilo que não se domina é evitado por medo de nos dominar. Por esse motivo, é importante entender melhor sobre essa peça-chave do autoconhecimento, pois o inconsciente é capaz de influenciar e determinar a maioria das suas emoções, pensamentos e ações diárias.


Uma curiosidade sobre o tema: muitas das dificuldades para compreender esse assunto são criadas pela própria consciência na tentativa de encontrar uma “desculpa” para evitar entender aquilo que no fundo se sabe que pode “doer” ao entrar em contato.


O processo para aprender sobre o inconsciente é muito similar ao estudo de um novo idioma, pois ele também tem uma linguagem própria que se manifesta através de: dores emocionais e físicas, adoecimentos/sintomas, esquecimentos, não fazer ou deixar de fazer alguma coisa, trocar nomes ou palavras durante um discurso, e os mais conhecidos: sonhos e ações “quase que automáticas” que a pessoa faz sem perceber.

 

Aqui cabe uma pergunta importante: se o inconsciente é estruturado como uma linguagem, o que ele está tentando nos comunicar?

 

Ele comunica a nossa história! O mundo por trás do inconsciente são as nossas primeiras experiências, sejam elas boas e ruins, os aprendizados, as referências e educações que recebemos de qualquer pessoa que tenha passado pela nossa vida. Além também de ser um lugar de terra fértil para criar sonhos e desejos. Até aqui parece ser um lugar extremante agradável, certo? Mas assim como o mar não é composto apenas pelo que está na superfície, há muito nesse oceano pouco explorado; muitas coisas se escondem nas profundezas como: traumas, algumas paixões, medos, agressividade, tristeza e lembranças reprimidas, problemas, negações etc.


Todos esses desejos, memórias, emoções que foram banidas do nosso consciente estão no fundo do oceano porque a mente classificou como conteúdos dolorosos ou de difícil controle e compreensão para a razão.


Por esse motivo, aquilo que vive nas profundezas do oceano por vezes acessa a consciência e se manifesta conforme os exemplos citados acima. Formas que alguns descrevem por “sem pé, nem cabeça”, mas o motivo é claro: sua mente ainda não encontrou uma forma de tornar aqueles conteúdos claros para ti. Somente quando claros e compreendidos pela consciência, essas manifestações deixarão de se comunicar de maneira “incomoda” ... afinal, não é agradável ter pesadelos todas as noites ou aquela dor do corpo que nunca vai embora, concorda?


E diferente do que muitos pensam, o inconsciente é ATEMPORAL. Isso significa que seus conteúdos não estão organizados por presente, passado e futuro. Por isso, é comum que um adulto manifeste dores de uma infância ferida e fique confuso por não conseguir correlacionar com nada que esteja acontecendo na sua atualidade. A temporalidade é uma capacidade exclusiva da consciência, logo ela busca associar com o agora ou classificar algo que está fora de ordem.


Por esse motivo, que é necessário ajudar essa consciência a entender como interpretar o que são esses sinais que chegam muitas vezes de forma “inconveniente” no dia a dia.


E visto que o mundo por trás do inconsciente são os conteúdos da vida de uma pessoa, logo compreende-se que cada inconsciente é único. Por esse motivo, cada inconsciente terá uma linguagem diferente... transformando numa jornada de aprendizagem única de cada indivíduo.


Sendo assim, para o autoconhecimento existir, depende da decifração dessa linguagem inconsciente. E acredite, entender sobre o tema é um desafio tanto para as pessoas leigas como para muitos profissionais e teóricos.


O Psicanalista Garcia-Roza (1936-2020) descreveu esse desafio de forma lúdica (e quase poética) de que a ação de falar sobre os conteúdos do inconsciente é o que vai possibilitar o reconhecimento do que te aflige. É também através da intervenção que o psicanalista faz com perguntas e interpretações para entender o sintoma, pois...

 

“O sintoma é aquilo que está no lugar da palavra. E a PSICOTERAPIA é o espaço mais indicado para fazer a cirurgia dessas palavras”

 

Quando há sintoma, há um comprometimento na qualidade e na continuidade da história de vida da pessoa. E a função do psicólogo e do psicanalista é restaurar ou instaurar essa continuidade através da busca por essas palavras não ditas.

 

 “Interpretar é preencher um vazio!”

 

É resgatar o que estava escondido no fundo do oceano! É oferecer conhecimento e condições para a pessoa assumir o controle sob aquilo que antes estava indomável e voltar a ter sua qualidade de vida... com o ingrediente “se conhecendo melhor!”.



 
 
 

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Beatriz Job

Psicóloga para entender o comportamento humano. Psicanalista para desvendar os mistérios do Inconsciente. E Escritora para descrever as linguagens da mente, do coração e da alma.

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